Dr. Egas Moniz |
Na sociedade atual, as chamadas doenças psiquiátricas estão
na moda, e até há quem diga "ai...esta minha depressão, é cronica",
outros com orgulho respondem " também eu sofri, tive uma depressão que o
medico não acreditava que me ia curar, mas curei-me...custou muito...sou eu
sei...mas agora estou boa".
Não estou a descurar as pessoas com depressão, mas faz-me
alguma confusão a maneira apressada que têm em ingerir umas pilulazinhas e
acharem que desta forma está tudo controlado e que estão a fazer "um
tratamento".
O que fariam estas pessoas depressivas à 70 anos atrás?
É que não haviam antidepressivos, mas a Medicina tinha uma
solução.
Sabe qual era?
A solução para as doenças psiquiátricas, passava por uma
psicocirurgia, mais propriamente uma lobotomia ou leucotomia, que traduzido significa
espetarem-lhe um ferro no crânio, a partir de um ponto que fica acima do canal
lacrimal com ajuda de um martelo, para lhe limparem o lóbulo frontal.
Sabe quem foi o medico a desenvolver esta cirurgia?
Foi um português ( não é com orgulho que digo isto), o
neurologista António Egas Moniz e por fazer isto ás pessoas ainda recebeu um
premio - Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1949.
Esta cirurgia que matava pessoas (6% não sobrevivia) e que
provocava alterações severas na personalidade, foi praticada com muito
entusiamo em muitos países, inclusive em crianças com mau comportamento.
Esta forma de "tratamento" foi considerada como um
dos episódios mais bárbaros da historia da psiquiatria.
Neste caso concreto temos de agradecer a vinda dos medicamentos
antipsicóticos, pois só quando estes surgiram é que estes "médicos"
deixaram de ser pedreiros na cabeça dos outros.
Decidi relembrar este episódio da historia medicina, porque
ao conhecermos a historia entendermos melhor o nosso tempo, também ele historia
de um tempo futuro.
Hoje ao escrever este poste ri-me, custa-me acreditar que
isto aconteceu e que foi feito a milhares de pessoas pelo mundo, e somente à 70
anos, mas acredito que no futuro muitos também se vão rir das atrocidades que
continuamos a fazer.
Desta forma a Humanidade vai aprendendo.
Olá. Sobre o seu comentário "Neste caso concreto temos de agradecer a vinda dos medicamentos antipsicóticos" concordo em parte, porque realmente acabou com trabalhos semelhantes ao homem do talho (Egas Moniz), mas por outro lado é triste, porque o psiquiatra & psicólogo são os únicos médicos que podem afirmar que uma pessoa está doente sem prova alguma. Aliado a isto está a indústria farmacéutica que esfrega as mãos de contente.
ResponderEliminarRecomendo-lhe a visualização dos seguintes documentários, no youtube, sobre psiquiatria:
O Marketing da Loucura
http://www.youtube.com/watch?v=OhxqNqQDxwU
Psiquiatria: Uma Indústria da Morte http://www.youtube.com/watch?v=P_as-k1ATm8
PSIQUIATRIA: Um Erro Mortal
http://www.youtube.com/watch?v=3ulJXqXdBds
Aproveite, pois as contas ligadas a este assunto por vezes são encerradas (vá-se lá saber porquê?!)
Fiquei em choque e depois vi que as pessoas que assassinam familiares (por vezes os próprios filhos) e depois se suicidam, normalmente andam a ser tratadas com esse tipo de medicamentos para o cérebro.