Entre as muitas queixas
que se ouve dos jovens, as mais salientes referem-se a comportamentos
hiperativos com muita agitação, baixo rendimento escolar, ansiedade/ataques de pânico, raiva e até comportamentos violentos.
E pensamos nós: Porquê que
estes jovens que na sua maioria têm tudo, não estão satisfeitos?
Porque são tão irritados, tão tensos? Alguns
perante uma contrariedade batem com as
portas, mandam coisas ao chão, etc.
Pode haver uma razão, uma razão
do corpo físico, a culpa pode ser da flutuação dos níveis de açúcar no sangue.
Níveis irregulares de açúcar
no sangue leva a episódios de stress, porque isto de ter controlo sobre nossos
estados emocionais é muito mais que força de vontade, porque depende do equilíbrio da glicose no sangue - pode ver o estudo aqui.
Uma das causas que está
por trás destes comportamentos meio desviados do correto é a Hipoglicemia, e a
hipoglicemia não existe nos jovens por causa da hereditariedade, nem por má
sorte, nem pode a hipoglicemia ser dada como desculpa, como uma doença que
apareceu, para estes comportamentos. É um fato que ela é a causa, mas somente porque a
alimentação que fazemos não está nem um pouco certa.
Veja:
Comemos refeições com alto
teor de açúcar e de hidratos de carbono provenientes do pão ( que nem é pão),
da massa, do arroz branco, dos refrigerantes, das bolachinhas, dos pacotinhos
de...etc. . Todos estes alimentos que mencionei provocam uma liberação de
insulina excessiva, o que por sua vez leva à queda dos níveis de açúcar no
sangue ou hipoglicemia. Esta baixa de açúcar leva o cérebro a secretar
glutamato que causa agitação, depressão, raiva, ansiedade, ataques de pânico e
um aumento do risco de suicídio.
O corre-corre
da vida associado a uma oferta fácil e rápida, faz com troquemos uma fruta por um saquinho de 4 bolachas, a fruta
tem açúcar e as bolachas também têm, mas a fruta é um resultado aperfeiçoado da Natureza e como tal é perfeita,
traz a frutose mas também a fibra, o que não a acontece nos alimentos
processados. Comer um e comer outro é totalmente diferente e não podemos unicamente ver essa diferença pelas calorias, mas sim pela energia da informação nutricional que vai chegar ás nossas celulas.
Após um pico
vem uma baixa de glicemia e o corpo que tende sempre ao equilíbrio tenta
compensar e liberta hormonas contra-insulinicas, como a adrenalina e o
cortisol, de forma a manter os níveis de
açúcar no sangue.
Mas a
adrenalina e o cortisol são hormonas do stress e mais uma vez podemos ter
perante nós um jovem tenso, irritado, com raiva a bater portas.
Ele não
precisa de psicólogo, nem de psiquiatra, precisa de uma boa alimentação.
Quando é que
deixamos de complicar e passamos a perceber que a mente só é sã num corpo são,
e este precisa de nutrientes adequados.
Mas, a
hipoglicemia não é unicamente um problema de jovens, ter episódios recorrentes
de hipoglicemia aumenta o risco de doenças neuro degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. Em crianças leva à hiperatividade, em jovens e adultos
pode causar comportamento violento e agressivo, nas pessoas mais velhas leva a
confusão mental.
Para fazer
frente a este desequilíbrio, faça mais uso de alimentos provenientes da terra e
menos das prateleiras do supermercado.
Aumente o
consumo de frutas e vegetais, legumes e leguminosas, coma aveia ao
pequeno-almoço, troque o pão e a massa por arroz integral.
Não compre
refrigerantes, nem biscoitos, nada que tenha açúcar refinado, assim como nada
que seja doce e sem açúcar.
No fundo o meu
conselho é, tenha bom senso e alimente-se com alimentos que não precisaram de
muita transformação, que não têm muitos aditivos, nem conservantes, nem uma
composição muito extensa.
Se em sua casa
há um filho, um neto ou você mesma com problemas ou disfunções neurológicas,
não pense que é má sorte, nem "coisa má que aconteceu", vá até à sua
despensa, ao seu frigorifico, veja o que comeu esta semana e se a maior parte
veio de alimentos embalados industrialmente, pense seriamente em mudar...a
formula da saúde está no tipo de matéria-prima que damos ao corpo, porque podemos
comer tudo, mas nem tudo nos convém.