segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Como se forma o Cancro? Como tratar o Cancro? Que protocolo seguir? Respostas a isto são dadas pelo Ex- Oncólogo Alberto Bosch

Oncólogo Alberto Bosch

O Dr. Alberto Marti Bosch, foi pediatra oncólogo durante algum tempo, mas um dia chegou á conclusão de que o melhor a fazer perante uma doença é ajudar o organismo a fazer frente ao problema, fortificando o sistema imunitário, levando o corpo a um estado de equilíbrio e harmonia mediante uma desintoxicação profunda e uma adequada nutrição.

Apesar de não renunciar, quando entende que é preciso, a combater os tumores que crescem e põem em perigo a vida, como no caso em que impedem o bom funcionamento de um órgão.


- Diga-nos Doutor, como é possível passar da oncologia pediátrica á prática de medicina natural tendo em contas as enormes diferenças que ambas mantêm sobre a abordagem do cancro?
 - Eu estudei e trabalhei em medicina académica, mas a medicina que pratico hoje, é tão académica como a outra, simplesmente não me foi ensinada na faculdade. E não me ensinaram, porque preferiram ignora-la, mas ela existe e por isso eu pude aprende-la.


O que o fez passar de uma medicina a outra?
Quando, diariamente numa sala de hospital, vês crianças tratadas com quimioterapia, a vomitar a pedir-te aos gritos que não lhe dês quimioterapia, pois sabem o que vão sentir depois, e te imploram “por favor, Alberto, não me faças isto”, chega uma hora que te perguntas, “ o que estou eu a fazer com esta criança?”

 Se a tua intenção é a melhor, se queres ajudar uma criança a superar uma leucemia, um linfoma, um sarcoma, mas te dás conta que estás-lhe a impor um sofrimento enorme, começas a buscar a melhor maneira de o conseguir, fazendo com que essa criança sofra menos, obtendo o máximo benefício possível do tratamento que se está aplicar.

Isto foi o que me levou a indagar os campos da Medicina Natural, saber de que maneira podia ajudar um paciente oncológico a melhorar.

 - O sofrimento dessas crianças era compensado com resultados positivos?

- Os resultados que obtínhamos eram muito desalentadores. Estou a falar de à 30 anos atras, no inicio da minha carreira. O indicie de mortalidade e o índice de sofrimento do paciente submetido a tratamentos de quimioterapia eram elevados. Todos os membros da equipa tinham crises pessoais, via as pessoas que trabalhavam comigo, médicos, enfermeiras, auxiliares…, a ficarem deprimidas.

Dizia para mim mesmo, que devia encontrar algo novo.
Esta inquietação me levou a avançar.

- E isso é o que tem feito ao longo destas duas décadas, em que tem desenvolvido uma proposta de tratamento holístico, integral, e como sabemos, principalmente no último ano, tem conseguido bons resultados.
- Eu digo sempre: eu não curo ninguém.
O que faço é dar ao paciente um guia que o ajude a levar a bom porto. E o que de início foi um mero projeto dedicado a ajudar o paciente a tolerar a quimioterapia, terminou a avançar para uma via que provoca a apoptose celular e consegue fazer com que a célula cancerosa morra por si mesma.
 É cada vez mais frequente os pacientes a alcançar resultados surpreendentes, pacientes com doenças oncológicas que como dizem meus colegas convencionais para justificar os resultados “remissão espontânea”. E assim eu, ironicamente, lhes digo que sim, que espontaneamente…mas com muito trabalho. A Deus rogando e com o malho dando. Porque falamos de doentes muito disciplinados, muito motivados e mentalizados que vão seguir em frente.

O caso que apresentei no passado 1 de Novembro, no III Congresso Internacional sobre Tratamentos Complementários e Alternativos no Cancro que se celebrou em Madrid através da World Association For Cancer research (WACR) e a Dyscovery DSALUD, é o caso mais recente e espetacular, mas tenho tido outros.
No entanto, não podemos falar de cura porque estamos na fase inicial e temos de verificar por 10 anos, sem haver recaída, para ser considerada curada.
Mas…tenho bem claro que o cancro deve ser tratado de forma Holística.

-Pois esse caso foi especialmente significativo e teve impacto sobre o público. Podia resumi-lo para nossos leitores?
- Bem… é o caso de uma mulher de 31 anos, que me veio consultar, depois de ter dado à luz. Tinham-lhe detetado um tumor cerebral na sua 34ª semana de gravidez. Fizeram-lhe uma cesariana. Depois uma cirurgia para tirar o tumor, que estava situado na zona parietal direita.
Posteriormente ao fazer uma revisão geral, detetaram-lhe metáteses pulmonares, hepáticas, ósseas e musculares, assim como toda a cadeia ganglionar tanto torácica como abdominal. Ou seja estava “invadida”.
A equipa medica, e a meu ver com um bom critério, decidiu não lhe aplicar quimioterapia, nem radioterapia, porque o sofrimento que iriam provocar não justificava o possível benefício.
E foi nestas condições que chegou à minha consulta.

Tinham-lhe dado uma esperança de vida de dois meses.
Obviamente que o meu primeiro pensamento foi o de tentar proporcionar-lhe a melhor qualidade de vida, durante o máximo de tempo possível.
Mas não deixei de tentar algo mais.
Sugeri-lhe alguns tratamentos paliativos, mas paralelamente tratamentos terapêuticos que sabia que podiam ajudar as lesões tumorais a regredirem.
Segui os protocolos de Medicina Biológica que tenho desenvolvido, como a dieta de desintoxicação e alcalinização assim como um tratamento ortomolecular.
Potencializei suas defesas com Renoven – antigo Bio-Bac – e segui os protocolos dos Doutores Banerji (homeopatia).
E… surpresa!

Após dois meses e meio de tratamento os resíduos tumorais cerebrais posteriores à cirurgia tinham desaparecido assim como as metástases pulmonares e hepáticas, as lesões ósseas e musculares apresentavam uma remissão de 50%.
Obviamente que sua qualidade de vida melhorou muito, assim como a sua esperança.
 E tudo isto em tão pouco tempo e com um simples tratamento de Medicina Natural.

É verdade que se trata de um caso surpreendente, mas também se trata de alguém que não foi submetida nem a quimioterapia nem a radioterapia, não vinha com o organismo envenenado ou queimado.
O problema é que nos dias de hoje este tipo de paciente é pouco habitual.
Cada vez atendemos mais pessoas que têm feito o “pacote” completo – cirurgia, radio e quimioterapia – e vem como que deitadas ao rio. Chegam desanimadas.
E claro, vêm cheios de dúvidas, como pode a Medicina Natural fazer alguma coisa com eles, se a medicina convencional na qual acreditam não fez? Quase todos chegam perdidos.

 - Quais são as bases do seu protocolo?
- Aos médicos oncólogos é ensinado a tratar o cancro com uma medicina centrada em destruir as células tumorais no lugar de tentar restaurar a harmonia metabólica que terá sido destruída e que permitiu o desenvolvimento do tumor.
É preciso entender que se alterarmos o “terreno” é possível reverter a evolução das células tumorais ou provocar o seu suicídio ou apoptose. Na medicina convencional, quando aparece um tumor, a primeira coisa que fazem é “cortar-lhe a cabeça”, ou seja fazer cirurgia.
No caso de não se poder fazer, usa-se radioterapia, ou seja queimar o tumor “enviá-lo á fogueira”. Outra opção é a quimioterapia ou seja “envenena-lo”.
Também é dito ao doente que se estes “tratamentos” falharem não existe mais nada a fazer.
O oncólogo moderno acha que pode “cortar, queimar ou envenenar”, ações próprias do seculo XII e não de um sofisticado seculo XXI.
É realmente patético.

É verdade que às vezes há necessidade de eliminar o tumor (fazer cirurgia) porque o seu crescimento põe em risco o funcionamento de um órgão vital, mas neste caso o inteligente é seguir um quarta opção igualmente bélica, e como temos estado a compar, também a podíamos encontrar no seculo XII, mas que é muito menos agressiva.
O que é que se fazia na antiguidade quando queríamos conquistar uma cidade que era difícil de ganhar com batalhas? Cortávamos as rotas de abastecimento à cidade, deixando-a sem agua e sem comida.
Depois era sentar e esperar.
Acredito poder fazer o mesmo com o cancro.
Temos de entender as condições de sobrevivência da célula tumoral frente à célula saudável.

Hoje sabemos que a célula saudável vive num meio alcalino rico em oxigénio, usa muito pouco sódio para viver e utiliza proteínas levogiras.
Pelo contrário o paciente que desenvolve um processo oncológico entra em acidose metabólica – ou seja, o terreno acidifica-se – e passa a existir escassez de oxigénio a isto se chama hipoxia – o que obriga as células saudáveis a mutarem, se não querem morrer.
As células saudáveis conseguem sua energia através de oxidação, ou seja graças ao oxigénio criam a Adenosina Trifosfato (ATP) – que é uma molécula base da energia celular.
Mas, quando o terreno se acidifica e o oxigénio escasseia, só têm uma alternativa se não querem morrer: encontrar outra maneira de obter energia. Essa possibilidade existe e é explicada no chamado Ciclo de Krebs.
Em vez de consumir oxigénio o corpo utiliza ácido pirúvico mediante um fenómeno conhecido como glicolisis que permite obter moléculas de ATP, mas criando um resíduo de ácido láctico e álcool.
Trata-se assim de uma forma anaeróbica – sem ar – para sobreviver. Isto é, a célula saudável aeróbica que vive em terreno alcalino torna-se anaeróbica, mas à sua volta o meio é ácido, e a célula para poder viver neste ambiente ácido, alcaliniza o seu núcleo, seu citoplasma, e o preenche de sódio. Assim utiliza para se alimentar proteínas dextrogiras no lugar de levogiras, já que as mesmas vivem em ambientes ácidos.

Em resumo, todo o tumor vive num meio ácido, pobre em oxigénio, carregado de sódio, alimentando-se de proteínas dextrogiras.
Logo se o queremos neutralizar sem o atacar, que podemos fazer?
Em primeiro lugar, o paciente precisa de desacidificar o terreno – o seu corpo, torna-lo alcalino.
Para isso temos de limpar os ácidos que se foram acumulando no organismo.
A chave para este processo é a alimentação – há que eliminar da dieta tudo o que acidifica e isso inclui o álcool, o café, o tabaco, o açúcar, os lácteos, os hidratos de carbono, a carne vermelha e tomar periodicamente banhos de água quente com sal marinho.
Em segundo lugar deve seguir uma dieta hiposódica, quer dizer baixa em sódio ou sal.
Em terceiro, é necessário dar ao corpo enzimas proteoliticas de ação seletiva, enzimas com capacidade para eliminar as proteínas dextrogiras deixando intatas as levogiras.

E aqui há que recordar o extraordinário trabalho do Dr. Fernando Chacón, criador do BIA-BAC. Produto que faz exatamente isso.
Se eliminamos as proteínas dextrogiras deixamos as células tumorais sem comida, fazemos uma dieta hiposódica – e sem sódio as células cancerosas não conseguem manter a estabilidade da membrana e do citoplasma – e reduzimos o nível de toxicidade através da desintoxicação, o meio interno fica mais alcalino e rico em oxigénio.
E o oxigénio é toxico para a célula tumoral anaeróbica.

Definitivamente podemos dizer que basta mudar o terreno para que as células cancerosas morram, porque estas não sobrevivem em terrenos alcalinos oxigenados. São cada vez mais abundantes os casos de remissões nos doentes oncológicos que seguem este protocolo.

- A dieta é o primeiro elemento chave nesta estratégia de cura?
-Sempre nos têm aconselhado a não comer carne, e muitas tradições falam da prática do jejum – pelo menos 1 dia por semana – mas ninguém nos tinha explicado claramente o porquê.

Sem duvida, já Galeno tinha entendido a necessidade de depurar o corpo, tanto através do jejum, como seguindo dietas vegetarianas.
As curas à base de limão, cebolas, uvas vêm da época dos romanos.
Como 90 – 95% das frutas e verduras são basicamente agua, quem se alimenta um tempo só com elas limpa os órgãos encarregados de filtrar o sangue e os resíduos metabólicos tóxicos, quer dizer, os pulmões, os rins e o fígado. Filtros que quando obstruídos levam o organismo a intoxicar-se e a acidificar-se.

A todo o mundo se explica que quando o filtro do carro está sujo, há que muda-lo, mas a ninguém se diz que quando os filtros do corpo estão sujos há que limpa-los. Pois bem, jejuar ou fazer uma dieta vegetariana durante certo tempo ajuda a limpar os filtros e a manter o organismo num PH alcalino.
Obviamente se junto com a dieta se ingerir determinadas plantas, especificas para cada órgão – ajudamos na limpeza.
Há plantas que limpam os pulmões (tomilho, verbasco), plantas que limpam o fígado (alcachofra, cardo mariano, dente-de-leão, boldo, desmodium), e plantas que limpam o rim (chá verde, cavalinha, arenaria).
Em poucas palavras, podemos dizer que eliminamos ácidos através do fígado, dos pulmões e dos rins, assim como através da pele com banhos de água quente com sal marinho por osmose. E conseguimos a tão desejada alcalinização.


- Sugere a todos os seus pacientes que eliminem a carne das suas dietas?
- Nós sugerimos uma dieta ovo-lacto-vegetariana, onde se come legumes, ovos, e algum queijo, assim a pessoa se encontra mais equilibrada, mas a ideia segue de reduzir cada vez mais as proteínas.
A OMS indicou em 1985 que a dieta ideal era consumir 85% de proteínas vegetais e só 15% de origem animal.
E nós nos dias de hoje, estamos a comer proteínas de origem animal muito acima destes valores.

Muita gente ignora que uma dieta excessivamente proteica acidifica.
 O poder de ter uma boa digestão está no fígado, para isso ele precisa de cortisol – que só se encontra no sangue quando há sol, mas a maioria de nós janta quando este já se pôs, ou seja quando o nível de cortisol é muito pobre, mas continuamos a comer, fazer grandes jantares.
Para remediar, o fígado recebe da glândula supra-renal uma hormona alternativa – a adrenalina - a hormona do stress – pois esta está disponível 24 horas.
É normal que ao deitar sinta o coração acelerado.

Além disso, há que ter em conta os ritmos circadianos: de dia o fígado se encarrega de assimilar as proteínas que ingerimos, mas de noite sua função é basicamente de drenar a bílis.
E o cortisol é o elemento que determina a inversão de trabalho, para que o fígado passe de um órgão assimilador para um órgão drenador.
Assim se stressamos o fígado todos os dias fazendo-o assimilar quando deveria estar a drenar, este não vai eliminar adequadamente os resíduos metabólicos.
Por isso digo sempre aos meus doentes: o problema com a alimentação não está normalmente no que comemos, mas nos resíduos que deixamos ao não eliminar.
Quando o corpo não pode eliminar as toxinas e as vai retendo, vamos nos autointoxicando, acidificando, enchendo com ácidos o terreno, abrindo caminho para um problema tumoral.
O segundo pilar do meu protocolo de desintoxicação e alcalinização são os banhos quentes com sal marinho.

- Acredita que tem mudado a mentalidade dos Oncólogos a respeito da Medicina Natural nos últimos anos?
- Pouco a pouco…mas sim.
Posso dizer que há bastantes oncólogos e radiólogos de vários lugares de Espanha que me enviam pacientes para que os desintoxique, porque reconhecem abertamente que fazendo isso, eles melhoram.
 No entanto fazem-no pedindo em boca pequena “olha Alberto, que isto fique entre nós”.
Mas a abertura é cada vez maior.
Claro que existe um rum-rum entre os pacientes nas salas de espera sobre a eficácia do que fazemos e no final tudo se sabe.
Quem nos manda mais pacientes são os enfermeiros, porque são eles que têm contato direto com os pacientes.
É certo que cada vez mais médicos entendem que a Medicina biológica ou Naturista não é uma “Medicina Complementaria” nem uma “Medicina de Confrontação”.
É simplesmente Medicina.

Segue o vídeo onde o Dr Alberto fala sobre o escrito acima:




Fonte: WWW.Dsalud.com

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