quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Cravo-da Índia - efeitos terapêuticos comprovados em estudos


O Cravo-da-índia ou melhor, o cravinho é uma especiaria muito antiga, sabe-se que antes de Cristo já os chineses o usavam para combater o mau hálito. Nos sarcófagos dos Egípcios foram encontrados colares feitos com cravinhos.

O cravo tinha a sua importância como remédio natural na Medicina Oriental, era utilizado para tirar a dor e como antisséptico. Nesta altura sem os fármacos químicos, as pessoas conheciam de perto as propriedades daquilo que a Natureza criou. O cravo era um dos principais antibióticos naturais e um dos recursos para combater doenças infeciosas como a malaria, a tuberculose e a cólera.
Também se usava para erradicar parasitas internos e externos como a sarna e doenças de pele e unhas produzidas por fungos.

Atualmente é usado em determinadas receitas, em chá, em vinhos e licores. As propriedades medicinais são estudadas e aplicadas através do seu óleo essencial obtido por destilação.
 As propriedades terapêuticas do cravo eram tantas, que levou a que na atualidade se fizessem estudos para comprovar se realmente correspondia aquilo que era indicado pela sabedoria popular, que na realidade é o maior e o melhor estudo, que é a comprovação milenar das suas ações na pratica.

Pesquizei e encontrei vários estudos atuais que considero bastante interessantes. 

Estudos feitos que comprovam os benefícios terapêuticos do cravinho


 -Tem uma grande ação antimicrobiana contra cepas multirresistentes como a Escherichia coli, Klebsiell pneumoniae e candida albican.
Pode ver o estudo aqui: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19214149

-Um estudo mostrou que o eugenol, um composto natural presente no cravinho, assim como no mel, têm atividade molecular que leva células do cancro do colon humano a suicidarem-se. Pode ver o estudo aqui:

- O óleo de cravo e o eugenol (substância natural do cravo) têm considerável atividade antifúngica contra fungos clinicamente relevantes, incluindo cepas resistentes ao fluconazol. Pode ver o estudo aqui:
                                                            
- O cravo e o óleo de cravo é um poderoso antioxidante e antifúngico, pode ver o estudo aqui: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17714361

- O cravo tem uma atividade semelhante à insulina, que pode ser benéfico no controle da diabetes tipo 2.

- Pode ajudar a inibir e a controlar a Helicobacter pylori, uma bactéria acusada de ser a responsável pelo desenvolvimento de gastrite, dispepsia, úlcera péptica e cancro gástrico.

- O cravinho contém compostos que têm um bom efeito na inibição da agregação plaquetária.
Além disso o cravinho contém polissacarídeos antitromboticos que são relativamente seguros quando comparados à heparina.

Este estudo feito em ratos, confirmou a eficácia do extrato de cravo como antimicrobiano natural e sugeriu a possibilidade de seu uso no tratamento de infeções por pielonefrite.

- O cravo é afrodiasico para homens. Um estudo com ratos mostrou  que o extrato etanolico do cravo-da-india, produziu um aumento signifcativo e sustentado na atividade sexual de ratos machos normais, sem qualquer ulceração gástrica ou outros efeitos adversos. Este estudo dá suporte ás alegações de seu uso tradicional em desordens sexuais.
Pode ver o estudo aqui -

- O cravo apresentou ter uma atividade inibitória de crescimento de patógenos orais periodontais.

Até aqui só mencionei benefícios, mas ele é de natureza quente o que o torna contraindicado em pessoas com os seguintes problemas de saúde: é contra-indicado em crianças, menores de seis anos, na gravidez, na lactância, na gastrite, úlcera gastroduodenal, doença de Crohn, Síndrome intestino irritável, colite ulcerosa, doenças de fígado, alergia respiratória, no Parkinson, e na epilepsia.

Para concluir, posso dizer que uso o cravinho em chá, junto com canela e casca de limão, mas só de inverno, em dias frios. Naqueles dias em que se apanha muito frio na garganta e depois custa a engolir, aqui está um excelente chá para beber e para fazer gargarejos.


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