quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O Fim do Alzheimer




O Alzheimer é um estado perturbador, ninguém quer perder a memória, o pensamento ou o raciocínio. Assusta pensar que na ultima etapa da vida, vamos estar totalmente dependente de outros, sem saber quem somos.
Não chamo de doença, prefiro dizer que é um estado, que pode ser prevenido ou curado. A Esperança da cura do Alzheimer é nos dada por um neurocientista e neurologista Americano o Dr. Dale E. Bredesen que desenvolveu um programa que tem implementado nos seus pacientes com excelentes resultados.
 O tratamento é um protocolo que atribuiu chamar de RECODE ( Reversal of Cognitive Decline).
Toda a explicação e o protocolo está escrito num livro “ O fim do Alzheimer” editado em Portugal e também no Brasil.

No livro conta a historia  de Kristin, uma paciente que segue o seu Protocolo REcode há Cinco anos e aos 73, mantém-se cognitivamente saudável, trabalha a tempo inteiro e viaja pelo mundo. Mas, quando chegou ao consultório de Dale E. Bredesen já se perdia quando conduzia na autoestrada, trocava nomes, entre outros sinais de demência. Além disso estava assustada porque tinha visto o mesmo acontecer à sua mãe.

As causas do Alzheimer apontadas pelo cientista

O neurocientista passou muitos anos a estudar esta “doença” e vem refutar aquilo que até então se acreditava, que de uma forma resumida era que o cérebro deixava de funcionar como devia, por uma acumulação de placas amiloide.
Mas, como sempre o corpo tem razão, e descobriu-se que estas placas amiloides presentes na doença de Alzheimer é uma proteção do cérebro, que a inteligência do corpo cria para fazer frente a três ameaças metabólicas e toxicas como:

- Inflamação - que pode vir de infeções, de uma alimentação inflamatória, onde a pessoa ingere alimentos que cria substâncias inflamatórias.

- Escassez de nutrientes, de hormonas e de outras substâncias de suporte ao cérebro - estamos alimentados, mas muitas vezes desnutridos, e esse quadro acontece muito na terceira idade, onde a maior parte das pessoas tomam omeoprazol e deixam de fazer uma digestão adequada, o que a longo prazo vai desnutrir a pessoa. Pode ver o estudo aqui.

- A presença de substâncias tóxicas como metais ou biotoxinas - Nossa alimentação atual contém muitos metais pesados devido aos pesticidas, por isso temos toda a vantagem em ir introduzindo cada vez mais alimentos biológicos. Sem ser os alimentos de feira que compro a produtores locais, grande parte dos cereais, feijões ou sementes, compro biológico. Encontra-se cada vez mais oferta no supermercado Aldi, devido a políticas do Norte da Europa, onde há uma procura e uma consciência da importância a estes alimentos, e porque há mais oferta, os preços estão competitivos. Também há que ter em conta as toxinas e os metais pesados presentes nos detergentes e nos produtos de limpeza, que se introduzem no nosso corpo através da pele e da respiração. Os produtos de beleza, como champôs, sabonetes, hidratantes, batons, e uma lista interminavel de produtos semelhantes são tóxicos, essencialmente os desodorizantes que contêm um metal que está presente precisamente no cérebro das pessoas com Alzheimer, que é o alumínio.

O problema agrava-se com os anos, porque as ameaças ao corpo citadas acima, são constantes e intensas, o que dá origem a que nosso corpo se defenda, e esta luta entre ameaça e defesa cria alterações, neste caso específico nas células cerebrais.
O Dr. Dale Bredesen é bem direto, a pessoa pode reverter o Alzheimer, para isso tem de remover todos os fatores que o causam e que foram referenciados acima.


Os três tipos de Alzheimer

Dale Bredesen conseguiu individualizar três tipos de Alzheimer, aos quais designou por:
- Quente ou inflamatório
-  Frio ou atrófico 
-  Tóxico
A linguagem parece estranha, mas é muito empregue nas Medicinas Tradicionais, como a Medicina Chinesa, onde toda a doença é um desequilíbrio instalado em determinados tecidos por excesso ou deficiência, por quente ou frio, pelo desequilíbrio de yin/yang, e também pela presença de toxicidade.

Segundo o neurologista é necessário equilibrar a bioquímica do paciente, para isso tem que se perceber qual do três tipos de Alzheimer a pessoa manifesta, para poder iniciar um programa, ou seja um estilo de vida personalizado.

10 Formas de prevenir e regredir o Alzheimer

O programa RECODE é diferente para cada pessoa, mas há 10 formas comuns e que qualquer pessoa pode fazer uso para prevenir ou até mesmo reverter o declínio cognitivo.

1. Evitar a resistência à insulina
Está muito associada à alimentação rica em hidratos de carbono simples como o açúcar, a farinha branca e todos os cereais refinados, assim como um estilo de vida sedentário e stressante. Pessoas com diabetes tipo 2 tem grandes probabilidades em desenvolver demência.

2. Seguir a dieta ketoflex
É uma dieta que tem na sua base vegetais, verduras, legumes não amiláceos de várias cores. Pode consumir peixe e carne, mas estes não devem exceder os 60 g por dia. O jejum deve durar 12 horas e devem evitar-se hidratos de carbono simples, gorduras saturadas, glúten e laticínios o mais possível. Aposte nos alimentos ricos em fibra, nas gorduras boas  como os frutos secos, abacate, sementes, azeite, etc. e nos pré-bióticos e pró-bióticos.

3. Fazer exercício físico
Ser sedentário prejudica a função cognitiva, por isso, praticar desporto é fundamental. O exercício físico reduz a resistência à insulina, que desempenha um papel-chave na doença de Alzheimer.
Além disso, aumenta o tamanho do hipocampo, uma zona cerebral que costuma diminuir nos doentes com Alzheimer. O exercício também reduz o stresse, melhora o sono, o humor e a probabilidade de sobrevivência de neurónios recém-nascidos.

4. Dormir bem
É fundamental para reverter o declínio cognitivo. Tente dormir oito horas por dia sem recorrer a comprimidos, que também comprometem a função cognitiva.
Mantenha o quarto o mais escuro e tranquilo possível, desligue os aparelhos eletrónicos, descomprima antes de dormir, deite-se antes da meia-noite, não ingira estimulantes depois do início da tarde, evite as refeições pesadas e mantenha-se hidratado.

5. Diminuir situações stressantes
O stress aumenta os níveis de cortisol, que em níveis elevados, é tóxico para o cérebro. Além disso, contribui para a subida dos níveis de glicose no sangue, para o aumento da gordura corporal, para a obesidade e para as doenças cardiovasculares, todos fatores que aumentam o risco de declínio cognitivo.
Meditação, ioga, respirar pelo diafragma de forma profunda, fazer massagens e ouvir música são atividades que reduzem o stresse.

6. Treinar o cérebro
Existem vários programas para treinar o cérebro, pode aprender outra língua, ler sobre assuntos que interessem, ter atividades que exijam trabalho de raciocino e memorização ao cérebro.

7. Reduzir a inflamação
Esta atua diretamente nos mecanismos da doença de Alzheimer e no declínio cognitivo, portanto é preciso curar a inflamação, evitando as suas causas, como maus hábitos alimentares e infeções crónicas. A canela, o gengibre, o alho, o tomilho e os legumes de folha verde são anti-inflamatórios poderosos.

8. Tratar o aparelho digestivo
Se o fizer, vai reduzir a inflamação sistémica, melhorar a absorção de nutrientes e reforçar as respostas imunitárias. O açúcar, alimentos com organismos geneticamente modificados, álcool, antibióticos, anti-inflamatórios, stresse, pesticidas, herbicidas e glúten, para quem é alérgico ou intolerante, desencadeiam problemas no intestino.

9. Equilibrar as hormonas
Alcançar os níveis hormonais ideais é fundamental e para isso fale com o seu médico. A homocisteína é uma das mais importantes e a sua normalização consegue-se com a toma de vitamina B6, B12 e ácido fólico.

10. Eliminar toxinas
Estas contribuem para o declínio cognitivo, portanto é importante livrar-se delas. As crucíferas, o abacate, a alcachofra, a beterraba, o gengibre, a toranja, as algas e o azeite são bons alimentos para ajudar a eliminar toxinas, tal como ir à sauna. Por sua vez, os bolores, o mercúrio presente nos peixes, alimentos processados e não biológicos, medicação, álcool e cosméticos contribuem para acumularmos toxinas.

Atualmente, Bredesen está a treinar cerca de mil médicos e profissionais de saúde de dez países para que mais pessoas possam receber este tratamento. No entanto, há uma parte da comunidade médica que ainda não aceita este protocolo. Preferem continuar com a medicação que já sabem não funcionar, atrasam um pouco a regressão da doença, mas não resolvem o problema e depressa os doentes voltam a piorar”, sublinha o neurocientista.

Dale E. Bredesen deseja que no futuro “todos os países adotem este método para prevenir a doença. Não é difícil e poderá reduzir os elevados custos da demência em muitos deles”





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