quarta-feira, 19 de junho de 2019

Errar pode ser humano ou não!



A conduta humana se rege por aquilo que chamamos de ética, que nos diz o que é certo ou o que é errado. A ética é um conjunto de valores que nos leva a decidir o que quero, o que devo e o que posso. O apóstolo Paulo disse que “tudo é permitido, mas nem tudo convém.” Errar é humano, mas a função do humano não é errar, ou melhor é errar para aprender e sair do erro. Quando somos pequenos temos que aprender a andar, para isso tropeçamos, e caímos muitas vezes, o que é normal, mas não o é se pela vida fora continuarmos a dar as mesmas quedas, se isso acontecer há algum problema.

Confúcio disse “A única maneira de não cometer erros é fazer nada." Esta frase pode ser levada à letra, mas temos que ir mais além, porque hoje está a ser incentivada uma cultura de quase orgulho no erro, no sentido de “errei, mas tudo bem, é humano, está correto”. Desculpem, eu não concordo, para mim é um conceito de desvio à ética. Toda a vida errei, mas não tenho orgulho nos meus erros, eles foram degraus, unicamente isso, eles me moldaram, mostraram que eu tinha de crescer, que tinha de ter mais conhecimento sobre aquilo, tudo no sentido de não voltar a errar ou a errar menos e crescer enquanto pessoa, que penso ser esta a nossa função na vida.

Tentativa e erro é o sistema de aprendizagem mais antigo, mas tem de ser interpretado, porque errar é humano, mas não aprender com o erro é um contra-senso.
Augusto Curry diz: “Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência.” Depois de errar há que reconhecer o erro como algo que não está alinhado e endireitar de tal maneira que surjam as mais belas sementes.
Quando deparamos com o erro é para fazer OPPS, o caminho não é este, a emoção não é esta, o sentido está errado, tenho de reavaliar o que estou a fazer. O erro mostra-nos que não somos perfeitos, mas isso já o sabemos, não há que ficar frustrado, há que perceber o que nos faz errar e mudarmos o percurso. O erro assim como a dor existem para nos indicar por onde temos ou não temos que ir, que fazer e que pensar.


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